“A ideia do não saber para mais só a enquadro do agora para trás, ou seja, olhando para trás e analisando algo que gostaria de ter feito melhor ou de outra forma, digo a mim mesma que não soube para mais e todas as mágoas e culpas que poderiam daí advir, desmaterializam-se, ou nem chegam sequer a ganhar forma.
O momento presente dá-me poderes de agir, de modificar, de melhorar, de fazer diferente. Posso tudo neste momento. Posso fazer tudo diferente desse passado que podia levar ao arrependimento e às mágoas que rejeito e rejeitarei sempre, porque sei que fiz o melhor que sabia e podia. Mas esse mesmo passado é que faz de mim o que sou hoje, é que me formou, me serviu de degrau para que agora consiga ver tudo de outra perspetiva e identificar que, se fosse agora, tinha feito de outra forma.
Sou grata a tudo aquilo que, sabendo o que sei hoje, teria feito de outra forma, porque é sinal de aprendizagem, de evolução, de assimilação de experiência e sei que estarei atenta para que não volte acontecer.
Voltar à dor do passado de nada adianta, pelo contrário, vai gastar energia, vai baixar o nível de vibração. O que adianta é saber que não houve erros, houve acontecimentos que não resultaram da melhor forma, mas fizeram de nós o que somos agora e com toda a certeza evitaram inúmeros acontecimentos semelhantes àquele, se percebermos e apreendermos a lição subjacente a cada situação destas.”
Fernanda Cruz